14 de set. de 2016

Como está sua Autoestima?




O que é autoestima?

É o julgamento que você faz de si mesmo. É autoconfiança, autorrespeito e auto aceitação. É a autoestima que determina se você é capaz de dominar os problemas do dia a dia e sua capacidade de se respeitar e fazer valer os seus direitos e suas necessidades.

Autoestima é se sentir confiantemente adequado. É se sentir competente e merecedor. Não ter autoestima é se sentir inadequado, se sentir errado diante das pessoas e da vida. É Achar que não é capaz, não é competente, é se sentir errado como ser humano.
Autoestima é privilégio de poucos?

Todo mundo merece ter uma boa autoestima, ser autoconfiante e ter autorrespeito. Por quê? Porque somos seres pensantes, e a própria capacidade de pensar é prova de que somos competentes, e só o fato de estarmos vivos é prova suficiente de que temos o direito de lutar pela felicidade.

O ideal seria que todo tivesse excelente autoestima. Mas não é a realidade. Muitos se sentem inadequados, sentem medos, insegurança, culpa um sentimento de não ser “suficiente”.

Muita gente nunca chega a ter uma visão positiva de si mesmo, pois fizeram julgamentos extremistas sobre si, foram severos demais consigo mesmos. Tem gente que consegue ser seu próprio carrasco, nem precisa de outras pessoas pra falar mal dele, ele mesmo faz isso.

Não conheço ninguém que não seja capaz de desenvolver sua autoestima, desenvolver a convicção de que é merecedor de viver com felicidade, e aí ter mais autoconfiança, mas ainda assim não utiliza esta capacidade, e passa a vida com sentimentos de inferioridade.
Autoestima pra quê?

Quanto maior a autoestima maior será a capacidade em lidar como os problemas. Quem nunca teve que lidar um rompimento de relacionamentos, com a solidão, com desemprego, com marido agressivo, com filhos que dão trabalho? A pessoa com sua autoestima em alta conseguirá lidar com isso tudo de forma mais tranquila.

Quanto mais flexível a pessoa for, mais resistente será à pressão, ao desespero, à derrota. Quanto mais a pessoa se valorizar mais conseguirá superar os problemas da vida.

Quanto maior a autoestima, mais criativo, e quanto mais criativo mais chance de sucesso. Porque criatividade não serve só pra pintar quadros, serve pra pensar em alternativas pra vida.

Quanto mais você se aprovar mais gente na sua vida vai gostar de você e mais relações saudáveis terá. Já viram aquela pessoa que todo mundo gosta, parece que atrai gente legal, que a apoia. Ela atrai gente legal porque está legal consigo mesma, porque tem vitalidade, é comunicativa.

Por outro lado, já notaram aquela pessoa que não trata ninguém com respeito, vá lá ver e você encontra autoestima negativa nesta pessoa. Quem não gosta de si pode não saber lidar com as outras pessoas.

Autoconfiança

Auto estima é o que você pensa sobre você mesmo, não o que o outro pensa sobre você.

Por isso autoestima é autoconfiança, é ser você a sua referencia, e não viver sob a referência do outro, do que o outro aprova ou não. Para quem tem boa autoestima à aprovação do outro é consequência.

Pra você que percebe que precisa melhorar sua autoestima, pense em fazer sua terapia com um psicólogo que é especializado na área para lhe ajudar.
* A autoestima nasce com a pessoa?

Não, ela começa a ser construída na infância.

* Como?

Quanto mais você foi respeitado, amado, valorizado, encorajado a confiar em você, mais probabilidade de ter assim construída, sua autoestima.

Você deve estar pensando: “Ah entendi porque não tenho autoestima, a culpa foi dos meus pais que só me cobraram, me julgaram, não acreditaram em mim, e por isso eu sou o que sou, é por isso que tudo dá errado na minha vida, eu não tenho autoestima porque meus pais não me ajudaram a ter uma”.

Você pode estar certo em parte, os pais podem influenciar, mas você pode realizar sua mudanças em você mesmo.

Agora você é adulto, e agora é com você. Você pode mudar todo esse quadro de sentimentos de auto rebaixamento se trabalharem consciente e intencionalmente para isso.

Quando criança sua autoestima podia ser alimentada ou destruída pelos adultos. Mas você está se construindo a cada dia, e agora a definição está em sua mão. Se ninguém pode respirar por você, também não pode pensar por você.

Sua cabeça depende dos pensamentos que você tem hoje, mesmo que ideias de autodesvalorização tenham entrado em sua mente você pode retirar isso. Se não está conseguindo sozinho, procure uma ajuda. Para isso existe o psicólogo, pra ser a sua força extra nessa jornada.

Uma vez alguém disse “se você já leu dois livros de autoajuda e continua igual, então está na hora de procurar um psicólogo”.
Auto estima interna

Uma coisa é certa, a autoestima deve ser construída dentro de você. Ela não vem de fora. Você pode ter pessoas que te amam, mas se você não se amar não vai nem perceber que existe o amor dessas pessoas. Pode ser admirada pelos seus colegas, mas se você não se admirar as palavras parecerão vazias, sem nenhum valor.

Você pode ter uma imagem externa de muita segurança, todo mundo te acha o máximo, mas você mesmo se achará uma fraude.

Já percebeu que os aplausos dos outros não vão te ajudar na melhoria da autoestima? Você ouvirá esses aplausos e pensará “eu engano bem, convenci todo mundo que eu sou bom”. Só não convenceu a você mesmo.

Procurar autoestima fora de si mesmo será um trabalho perdido. Estudar para ter um título, um cargo importante, fazer cirurgia plástica, casar, ter um filho, tudo isso vai te alegar por um tempo se você não fizer por você, se dentro de você não tiver uma valoração sua. Você perde tempo e dinheiro procurando autoconfiança em tudo quanto é lugar, menos dentro de você.

É bobagem considerar que vai melhorar a autoestima ao causar boa impressão para os outros, por exemplo: casando porque a sociedade cobra casamento, correndo atrás de promoção, comprando um carro maior, fazer tudo isso para causar boa impressão para os outros. Isso só significa que você se deixa levar pelo julgamento dos outros.

Se autoestima é confiança em si mesmo, então ninguém vai gerar essa confiança a não ser você mesmo.

A Pseudo autoestima

Sabe aquela pessoa que parece estar com a autoestima lá em cima? Pode não se tratar de auto estima verdadeira. Para identificar veja se ela se compara ou compete com os outros. Se ela diz coisas assim “estou feliz porque fui promovido, e consegui antes do meu irmão”. Esta fala já afirma que ele está competindo com o outro, isso não é autoestima verdadeira, é fachada.

Ou, em outro exemplo: a garota que se diz muito feliz com a plástica que fez no nariz, diz que melhorou muito a sua autoestima, porque agora “ficou mais bonita que as outras garotas do colégio”. Veja que ela está se comparando, isso não é autoestima, é angustia. Ela está correndo, fugindo do desespero de se sentir pra trás. Não está procurando a felicidade, está fugindo da angustia, e a fuga é sempre desesperadora.

Quem diminui os outros para se sentir maior não está desfrutando de boa autoestima.

Tem gente que chama isso de excesso de autoestima. Eu chamo de excesso autoengano. Porque a pessoa não está tranquila com sua conquista, não está simplesmente desfrutando da harmonia do momento, está sofrendo pra ser notado.

Infância

Falamos agora a pouco da influencia da infância na construção, ou destruição de nossa autoestima. Muitas vezes a gente continua respondendo, agora mesmo sendo adulto, como se fosse aquela garotinha, ou garotinho inseguro, sem direito a nada, de falar, de fazer, de sair e brincar com outras crianças.

Mas tem o que fazer. O que devemos fazer agora é aprender a reestruturar essa criança que todo mundo tem dentro de si. Todo mundo carrega sua infância. Se você rejeitar essa criança, por medo ou por vergonha, você vai manter essa criança mal resolvida aprisionada dentro de você e ela vai te atormentar para o resto da vida.

A criança que sofreu indignações, humilhações merece ser redimida. A criança que cresceu percebendo o mundo como um lugar perigoso, era perigoso se expressar, não tinha vez em casa, estavam sempre gritando com ela, ou a deixando de lado fazendo de conta que ela não estava ali, ou debochando dela, essa criança cresceu e virou um adulto que nem sabe como ou porque, mas está lidando com o mundo que tem agora como se fosse aquele mundo da infância, e isso não é justo pra ele, porque as consequências são muito negativas, pra ele em primeiro lugar.

Dicas pra obter mais autoestima:

A primeira grande dica pra vencer a falta de auto estima é ter consciência.

Consciência de quem você é de verdade, do que você foi um dia, e do que você é hoje. Você precisa saber o que fazer, saber que comportamentos devem mudar, e se perguntar: suas atitudes são resultado de sua intenção, ou você continua só reagindo, reagindo ao que tem internamente em sua mente e nem sabe direito o que é… porque não tem consciência de si mesmo.

Ter consciência significa usar adequadamente sua capacidade de pensar, é isso que nos torna humanos, nossa capacidade de raciocinar, de nos conhecermos e agirmos conforme decidimos.

Usar a nossa consciência é sair do automático e passar a escolher. Temos o poder de escolha, podemos ser mais ou menos consciente, depende da nossa escolha.

Tem gente que tenta existir sem pensar, sem se autoavaliar, sem medir consequências.

Só existe… levanta da cama de manhã e vai pra vida como se fosse um robô, sem se perceber, sem se sentir.

Autoestima é resultado do que percebemos em nós mesmos, e a cada dia fazemos decisões de conduta, mil escolhas até de nível de consciência, escolhemos entre pensar e não pensar. E com o tempo você vai estabelecendo que tipo de pessoa você é. Dependendo da escolha que você faz, você estabelece sua integridade como ser humano.

Viver conscientemente significa que você sabe exatamente as consequências de cada ato seu, as boas e as ruins, pra você e para os outros.

É assumir a responsabilidade pela percepção de cada ato seu.

Ser consciente é estar de corpo e alma em cada coisa que você faz, se você tem um trabalho e se interessa nesse serviço, se interessa em ver sua empresa crescer, sente curiosidade em aprender… isso demonstra que você está consciente do que faz e com certeza sua auto estima é boa. Mas… se você vai para o trabalho só olhando no relógio contado os minutos pra voltar pra casa, você não está consciente do seu trabalho, e com certeza a auto estima é muito ruim. A sua auto estima é consequência do quanto você é consciente.
Como identificar a pessoa sem autoestima?

E se você quer identificar uma pessoa sem autoestima pegue uma que vive dizendo que tem muito azar na vida, já ouviram alguém dizendo que nunca consegue um bom emprego? Olhe se essa pessoa é do tipo que nem entra no escritório e já faz as contas pra ver a hora de sair.

Ou, outro exemplo, é a pessoa que diz que nunca consegue um namorado decente. Vai olhar de perto e veja que essas mulheres sempre tiveram dicas de que cada homem com quem se envolveram não era a pessoa certa, mas ela se deixa enganar e quando vai ver está em outra enrascada. Ou seja, não vive conscientemente e claro não tem autoestima.

E as pessoas que vivem levando o cano de todo mundo? Se não é na escola, é no trabalho, em todo lugar ela encontra alguém que lhe dá uma rasteira. Essa é aquela que não se dá o trabalho de olhar de frente pra cada uma das pessoas com quem ela convive, essas pessoas vivem levando o cano do mundo, e o pior, ainda se assustam quando levam uma rasteira porque não tem autoestima.

Na realidade no mundo tem gente legal e gente que não é legal, porque será que algumas pessoas só se envolvem com as que não são legais? Ela não tem autoestima e consequentemente não tem consciência do que está acontecendo a seu redor, e pronto, dali a pouco já estão admiradas porque levaram mais uma rasteira.

Perceberam que viver conscientemente é o que lhe proporciona autoestima. Pode ser mais cansativo pensar, mas vale à pena. Ser mais racional, raciocinar, observar a vida e aprender com ela. Não ser consciente é fugir da realidade, e a consequência é colocar sua autoestima lá embaixo.
Autoestima x Depressão

Muita gente marca consulta por causa de uma queixa que desaba a vida de qualquer um, a falta de vontade, o desanimo na vida.

Desanimo é medo de enfrentar e assumir os riscos adequados é fugir para o confortável. Porque tudo na vida envolve algum risco, e quando você fica assustado demais com a vida, tudo parece muito difícil, dá medo, e claro que a sensação vai ser a de desanimo.

Perceberam que ser consciente é ser independente intelectualmente, é pensar por você mesmo, e quem pensa por si mesmo, que não se preocupa com o julgamento dos outros, não se preocupa porque está consciente do que faz e pensa, essa pessoa gosta de si mesma, tem autoestima.

A gente pode, e deve aprender uns com os outros, mas o importante é o entendimento e não só a repetição do que o outro faz ou pensa.

Quem tem autoestima, é por consequência independente. Já perceberam que as pessoas que mais sofrem com baixa autoestima são as que mais se preocupam como que os outros pensam, quando estão sozinhas são de um jeito, podemos dizer normal, mas na frente dos outros elas travam totalmente, isso é a prova de que se incomodam demais com que pensam dela ou como a julgam.

O medo do julgamento do outro é a base da falta de autoestima.

Outra dica pra você construir sua autoestima:
Autoaceitação
Quando falta a auto estima falta também a auto aceitação. Se aceitar não significa gostar de tudo o que há em você, significa ser consciente do que é. Tem gente que, acha que se aceitar tudo em si mesmo, não vai querer mudar. Mas não é assim que funciona. Claro que se aceitando como é você pode querer mudar as coisas que não estão funcionado bem. Na realidade você só muda se conseguir aceitar como é agora, se conseguir ver-se claramente, senão você nem sabe o que deve ser mudado porque não consegue nem se enxergar.

Quer fazer um teste simples? Olhe-se no espelho de corpo inteiro e fique assim por um tempinho, é possível que você se sinta desconfortável ao olhar para certas partes, o seu impulso vai ser tirar o olhar, isso é fugir, é repudiar a si mesmo, é não se aceitar, e como alguém poderia mudar essa parte se nem consegue tomar consciência dela? Ou seja, não aceita essa parte.

Aceitar é vivenciar sem negação, você pode querer mudar essa parte, mas só se aceitar que essa parte existe.

Você não se sente motivado a mudar uma coisa que nega sua existência.

E isso vale pra tudo, não só para aceitar seu corpo.

Por exemplo: você vai ter que fazer uma exposição do seu trabalho na sala de reunião da empresa, um grupo de pessoas vai estar lá pra te ouvir. E você começa a suar, sente medo e esse medo te faz ficar com vontade de fugir, quer mudar a data, quer colocar alguém no seu lugar, qualquer coisa pra não ter que falar na frente das pessoas. Se você ficar dizendo pra si mesmo “não fique com medo” não vai adiantar nada, por quê? Porque você está negando sua emoção, está negando o medo.

Aceite esse medo, aceite que ele existe, e converse com ele. O que ele te diz, o que esse medo diz que pode acontecer? Você pode se tornar consciente de onde vem esse medo quando ele começou, e vai acabar se conscientizando de que esse medo não tem fundamento, aí sim você vai vencê-lo.

Mas se você não aceitá-lo, fingir que o medo não existe não vai te levar a lugar nenhum. Quando você reconhece o medo sua cabeça para de fazer dele uma catástrofe e o medo deixa de ser seu dono.

Você fica livre pra ver as pessoa e as situações como elas são.

A autoconfiança e o autorrespeito aumentam.
Autoaceitação implica em aceitar seus sentimentos, inclusive os negativos, olhe eles de frente, o que sua insegurança, seu medo, sua raiva estão lhe dizendo, observe e converse com eles, aceite que eles existem e assim você vai perceber que é mais fácil superar.

Quer uma mão na busca da sua autoestima?

Conte com um profissional na área de saúde para lhe ajudar.

Cuide de sua autoestima, faça suas escolhas conscientes e seja feliz !


Rejane Amaral de Sousa – Psicóloga Clínica

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